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Vida Extra

Aventuras e desventuras no universo dos videojogos.

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Videojogos: Previsões desastrológicas para 2017

É aquela altura do ano em que por todo o lado surgem previsões, astrológicas ou outras (as chamadas "tendências"), sobre o novo ano que começa. Eu não sou astrólogo nem analista, mas isso nunca foi impedimento para este tipo de exercício. Especialmente se levarmos a coisa na brincadeira.

 

E então o que nos espera em 2017 no universo dos videojogos?

 

Dúvidas. Muitas dúvidas.

 

Donald Trump eleito presidente

 

Vamos ter pelo menos duas novas consolas (bem, uma e meia). Vamos ter mais uma avalanche de realidade virtual. E vamos ter o presidente Trump. Vendo a coisa pela negativa, há muito potencial para o ano correr mal. Ora vejam:

 

  • Nintendo lança a nova consola Switch. É um sucesso de vendas! Durante uma semana.

 

Os detalhes sobre a nova consola da Nintendo chegam já este mês. A consola parece fantástica, mas duvido que o preço seja tão apetecível (leia-se baixo) quanto o necessário para ser um sucesso de vendas. Prevejo um sucesso de vendas na primeira semana, com todos os fãs incondicionais a quererem ser os primeiros a possuir a nova consola, seguido de uma quebra dramática nas vendas com todos os outros consumidores a continuarem a comprar a PlayStation 4 e/ou a Xbox One. Na verdade isto já aconteceu com a Nintendo DS, até que lhe baixaram o preço e se tornou um sucesso de vendas novamente.

 

  • Realidade virtual chega aos parques de diversão em força, fazendo disparar as vendas de sacos para vómito.

 

A realidade virtual não é para todos. Sobretudo por causa do preço. Deixando de lado os visores para telemóveis, a realidade virtual "a sério" custa muito dinheiro. A solução mais barata é o PlayStation VR, que sai no mínimo por volta dos 800€: 400€ pelo capacete, 300€ pela consola, 60€ pela câmara, e depois ainda é preciso comprar alguns jogos. Mas por outro lado a realidade virtual cai que nem uma luva nos parques de diversão, em que o utilizador pode pagar uma pequena maquia por uma experiência curta mas com o máximo de qualidade, numa sala inteira. O problema é que a realidade virtual não é para todos também por causa do potencial que tem para causar enjoos. Prevejo a distribuição massiva de sacos para vómito nestes parques de diversão e equipas de limpeza reforçadas.

 

  • Microsoft apresenta a nova Xbox ultra-potente e põe-lhe um preço absurdo.

 

A Microsoft vai lançar "meia" nova consola. Tal como a PlayStation 4 lançou uma versão "Pro" mais potente, a Xbox One vai ter também uma versão ainda mais potente. Pouco se sabe ainda sobre esta versão chamada Scorpio, exceto que será "muito potente". E que terá "6 teraflops" e "pixels totalmente não comprimidos" (não, a sério, a Microsoft disse mesmo isso). O que eu prevejo é que a Microsoft volte a repetir o erro do lançamento da Xbox One e cole na nova Scorpio uma etiqueta com um preço absurdamente alto porque... a consola é mesmo potente. E isso raramente dá bom resultado.

 

  • Sony aproveita para baixar o preço da PS4 Pro e descontinuar a PS4 normal. E anuncia a PS5.

 

Quem fica com espaço de manobra é a PlayStation. Logo no mesmo dia em que for conhecido o preço da Xbox One Scorpio prevejo que a Sony baixe o preço da PS4 Pro (para para ganhar a batalha dos preços) e anuncie uma nova PlayStation ainda mais potente que a Scorpio (para marcar logo território na batalha da força bruta). O que prevejo é que (ver próximo ponto):

 

  • Jogadores deixam de comprar consolas à espera da "última moda".

 

Com cada vez mais modelos intermédios de consolas, cada vez mais potentes, e com as respetivas baixas de preços dos modelos anteriores, o que prevejo é que os jogadores deixem de comprar consolas porque 1º) daqui a pouco tempo sai uma ainda mais potente e/ou 2º) daqui a pouco tempo esta que quero comprar fica mais barata. É como a história do senhor que anda roto porque está à espera da última moda para comprar a roupa.

 

  • São lançados cada vez menos jogos para smartphones, porque o pessoal só joga Clash of Clans e Pokémon Go.

 

Os jogos para telemóvel têm tido um crescimento vertiginoso nos últimos anos, seja em número de jogadores, número de títulos lançados ou em receita gerada. Mas 2016 viu surgir uma tendência preocupante: os tops de downloads e de receitas são ocupados quase sempre pela mesma mão cheia de jogos. São raros os novos títulos que fazem sucesso (Pokémon Go). Tipicamente apenas grandes "marcas" conseguem sobressair nas lojas de aplicações (Pokémon Go). Prevejo que sejam lançados cada vez menos jogos novos porque torna-se quase impossível concorrer com os pesos-pesados dos jogos mobile. Entretanto o Super Mario Run deve desaparecer lentamente dos tops da App Store, mas como entretanto vai ser lançado para Android de certeza que vai continuar a bater recordes por mais algum tempo.

 

  • Trump decide que os videojogos são demasiado violentos e proíbe a sua venda.

 

O tempo em que os videojogos eram a causa de todos os males do mundo já passou. A sociedade foi percebendo que são parte da cultura e sociedade, como qualquer outra forma de entretenimento ou expressão artística. Mas entretanto Donald Trump toma posse como presidente dos Estados Unidos. Depois de tratar de assuntos mais prementes, como a construção do muro anti-mexicanos, prevejo que Trump se lembre que a culpa da violência e tiroteios é dos videojogos e que proíba a sua venda. Sim, esta previsão parece demasiado fantasiosa... pelo menos até começar a construção do tal muro.

 

Concluindo...

 

Escusado será dizer que espero falhar redondamente em todas as minhas previsões. Até porque, havendo potencial para correr mal, 2017 também tem muito potencial para correr bem.

 

A Nintendo Switch pode ser um sucesso. A realidade virtual nos parques temáticos pode ajudar a que esta tecnologia se estabeleça definitivamente. A Scorpio pode ser lançada com um preço competitivo e jogos fantásticos. A Sony poderá melhorar em muito a PlayStation com a nova concorrência da Scorpio e da Switch. Os jogadores podem aproveitar esta concorrência através de promoções e aderir cada vez mais às consolas. Os smartphones continuam a ser a plataforma ideal para o aparecimento de novos conceitos de jogos. E o presidente Trump... bem... a ver vamos.

 

Digam vocês nos comentários o que esperam de 2017 em relação aos videojogos... E bom ano novo para todos!

publicado às 13:15

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