Podia ter dado em processo mas deu em bom humor
As empresas de tecnologia adoram processar-se umas às outras. Os videojogos não são exceção e já descrevi alguns casos surreais no passado, naquilo que foi apenas uma pequena amostra. Mas felizmente também existe o reverso da medalha.
Foi lançado esta semana o jogo Pokémon Go para telemóveis. O jogo é uma "caça ao Pokémon", usando a localização real dos jogadores através do GPS e mostrando as populares criaturas do jogo no formato de realidade aumentada, sobrepostas à imagem captada pela câmara do smartphone.
Este é apenas o segundo passo da Nintendo no universo dos smartphones, após ter lançado a aplicação social Miitomo. Nenhuma delas está ainda disponível em Portugal, por isso não me vou alongar mais. O tema que nos interessa hoje é o nome "Go".
E qual é o problema do nome Go?
Bem... a Square-Enix - outra grande editora de videojogos - tem uma série de títulos também para telemóveis chamada precisamente Go. São jogos de puzzle baseados em alguns dos seus mais populares jogos para PC e consolas: Hitman Go, Lara Croft Go e Deus Ex Go.
Cheira-me a processo em tribunal...
Mas não! Em vez disso a Square Enix produziu e partilhou no Twitter um pequeno vídeo em que reimagina o jogo Pokémon Go exatamente como se fosse um dos seus jogos, com o mesmo tipo de gráficos e mecânica:
?Hitman GO
— Square Enix Montréal (@SquareEnixMtl) July 6, 2016
?Lara Croft GO
?Deus Ex GO
??Pokemon GO pic.twitter.com/n8AzFUIycH
Saiu muito mais barato à Square-Enix do que um processo em tribunal, deu-lhes uma imagem extremamente positiva junto do público em geral e colocou os meios de comunicação especializados a falar novamente nos seus jogos. Tudo isto conseguido com apenas algumas horas de trabalho, muito bom humor e uma grande dose de fair play.
Vénia!
E ainda bem que não houve nenhum processo em tribunal. Ainda vinham a descobrir que já havia outro jogo chamado Go desde há vários milhares de anos, também ele já com versões videojogáveis.