Call of Duty: Dejá Vu
Foi anunciado um novo Call of Duty. E, depois de uma passagem de sucesso pelos cenários da guerra moderna e de duas incursões por terrenos da ficção científica com menos fulgor, eis que o cenário do novo jogo volta a ser a Segunda Guerra Mundial - o pano de fundo dos primeiros jogos da série.
Call of Duty é uma das maiores marcas do mundo do entretenimento. Os seus recordes de vendas repetem-se ano após ano. Se não costumam ligar à indústria dos videojogos, Call of Duty é um pouco como Star Wars e Velocidade Furiosa. Novos "episódios" lançados com cadência e muitos milhões em vendas.
E como faz muitos milhões em vendas, faz sempre sentido prestar atenção ao que aí vem. Especialmente quando as vendas do último jogo - Infinite Warfare - ficaram bastante abaixo das dos anteriores. Não foram más... apenas não foram tão boas como o costume. A culpa foi posta na transição do que era habitualmente um jogo de combates de infantaria, no terreno, para a mais pura ficção científica, com batalhas espaciais em gravidade zero.
E eis que Call of Duty regressa às origens com WWII:
A minha primeira reação ao novo trailer foi claramente de dejá vu. O desembarque das tropas aliadas na Normandia no Dia D, muito inspirado na cena do filme O Resgate do Soldado Ryan, foi um dos pontos altos de Call of Duty 2.
Haverá motivos para preocupação?
Não me parece. Se há jogo que é constantemente acusado de ser "mais do mesmo" é o Call of Duty. E isso nunca o impediu de ser um sucesso. Ironicamente, foi quando Call of Duty se afastou mais do habitual (com Infinite Warfare) que mais queixas recebeu e que menos vendeu.
E ser mais do mesmo não é um problema quando o jogo é muito bom.