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Vida Extra

Aventuras e desventuras no universo dos videojogos.

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Aventuras e desventuras no universo dos videojogos.

Melhores trailers de jogos de 2017: Novembro

Imagem da personagem Reinhardt de Overwatch

 

Um trailer pode ser uma pequena obra de arte. E é por isso que, ao longo do ano, vou colecionar alguns dos melhores trailers que vão sendo lançados todos os meses pelas editoras de videojogos e partilhá-los convosco. Eis os meus preferidos de novembro.

 

Neste mês é impossível passar ao lado dos trailers mostrados pela Blizzard na sua convenção anual. Mas há mais algumas boas propostas. Ora vejam:

 

 

10- Xenoblade Chronicles 2 - trailer da história

 

É um trailer carregado de kitsch, como só os japoneses sabem fazer. Mas não deixa de ser uma bela amostra de um belo jogo, que merece um lugar no top deste mês.

 

 

 

9- Okami HD - trailer

 

Foi lançado há mais de 10 anos para a PlayStation2. Foi relançado em edição HD para a PlayStation 3. E agora vai ser re-relançado para a PS4. O grafismo pode parecer por vezes um pouco datado, mas Okami continua ter um visual deslumbrante.

 

 

 

8- Little Nightmares - trailer do DLC "The Hideaway"

 

Little Nightmares recebe novos conteúdos e o novo trailer continua a deliciar-nos com o seu visual a lembrar o melhor de Tim Burton.

 

 

 

7- Project TL - trailer de revelação

 

É um novo MMO da sul-coreana NCSoft. O trailer mostra sobretudo imagens de jogo, mas o que salta à vista é a extrema qualidade de todos os pormenores. O grafismo é luxuoso, os movimentos de câmara são perfeitos, as personagens movem-se graciosamente e as suas interações com os cenários e outras personagens são perfeitas. Um mimo!

 

 

 

6- Planet of the Apes: Last Frontier - trailer de lançamento

 

A nova saga "Planeta dos Macacos" tem sido um sucesso no cinema e com uma qualidade acima do esperado. A julgar pelos trailers, esta adaptação a videojogo tem tudo para repetir esse sucesso nas consolas.

 

 

 

5- Final Fantasy XV - trailer da expansão "Comrades"

 

Muito operático. Muito kitsh. Muito barroco. Outra coisa não é de esperar de um trailer da saga Final Fantasy. E este trailer da expansão multijogador "Comrades" não desaponta.

 

 

 

4- Dragons of the Nexus - trailer da BlizzCon 2017

 

Hanzo, o herói de Overwatch, tem um novo desafio pela frente.

 

 

 

3- World of Warcraft: Battle for Azeroth - trailer cinemático

 

Mais um fabuloso trailer revelado pela Blizzard na BlizzCon 2017.

 

 

 

2- Star Wars Battlefront II - trailer "Rivalidade"

 

Este trailer/anúncio do novo jogo baseado em Star Wars deu que falar um pouco por todo o mundo, tanto no meio dos videojogos como nos meios da publicidade. Descubram porquê.

 

 

 

1- Overwatch - curta metragem "Honor and Glory"

 

Uma nova curta-metragem da mais alta qualidade conta a história do herói Reinhardt. É a Blizzard no seu melhor.

 

 

 

E vocês? Houve algum trailer em novembro de que tenham gostado e que não esteja na lista? Partilhem nos comentários.

 

Também podem rever a lista de melhores trailers de outubro.

publicado às 10:31

Pior que uma imitação chinesa: o produto oficial

Ténis Adisda? Mala Louis Vuanton? Há muitos exemplos de produtos de baixo custo desenhados para se parecerem com marcas conhecidas. Sobretudo vindos da China e de outros países onde as leis de copyright e propriedade intelectual são bem permissivas.

 

Por isso, se vos mostrar uma imagem de uma linha de bonecos Transformers com a imagem das personagens do Street Fighter, será perfeitamente natural que esbocem um misto de sorriso e expressão de horror e a identifiquem como mais um exemplo desse fenómeno. Ora vejam:

 

Imagem dos Transformers Ken e Chun-Li

 

É horrível. É hilariante. É hilariante por ser tão horrível. Tal como tantos outros produtos de imitação que certamente já viram.

 

Só que há um pormenor importante: Isto são produtos oficiais da Capcom, a editora responsável pelo franchise Street Fighter.

 

É um daqueles casos em que a realidade ultrapassa a ficção. A produtora japonesa Takara Tomy lançou esta nova gama de bonecos oficiais Street Fighter. Estão disponíveis apenas no Japão e não se sabe se serão distribuídos também no ocidente. Esperemos que não.

 

 

Mas... por outro lado... estes bonecos são tão surreais que até fiquei com vontade de comprar uma coleção inteira.

publicado às 14:19

A fascinante tragédia que é o novo jogo Star Wars

Imagem de Star Wars Battlefront II

 

Chegou hoje às lojas Star Wars Battlefront II.

 

O mais recente jogo baseado na criação de George Lucas foca-se nos confrontos multijogador online, tal como o seu antecessor direto, mas inclui uma campanha para ser jogada a solo e que conta a história do que aconteceu entre o final do Episódio VI e o início da mais recente trilogia de filmes. No geral parece ser um bom jogo.

 

Mas durante as últimas semanas Star Wars Battlefront II tem sido uma história épica de má publicidade. Uma "divina tragédia", que foi evoluindo de reclamações dos fãs até ao recorde de comentário com mais votos negativos de sempre no Reddit, passando por investigações de organismos oficiais de vários países sobre a sua legalidade.

 

A causa? O sistema de progressão no jogo, baseado na sorte e com opção de gastar dinheiro adicional.

 

É que, tal como em muitos outros videojogos, à medida que joga Battlefront II cada jogador pode desbloquear novas habilidades, novas personagens e melhor equipamento. O problema surge quando essas novas habilidades e melhor equipamento podem ser "compradas", ou pelo menos obtidas mais rapidamente, se o jogador pagar dinheiro adicional por elas.

 

Quem gastar mais dinheiro tem vantagem sobre os outros jogadores. Ou, pior ainda, quem não pagar dificilmente conseguirá competir com quem pagou. E foi essa a sensação com que ficaram os fãs que participaram nas fases de testes ao jogo das últimas semanas.

 

Em resposta, os criadores do jogo lembraram que todos os bónus podem ser desbloqueados simplesmente jogando. Pagar serviria apenas para acelerar o processo.

 

Só que alguns jogadores fizeram uma estimativa do tempo que demoraria a desbloquear todos os bónus sem recorrer a pagamentos e calcularam que fossem mais de 4.500 horas. Se compararmos jogar Battlefront II com um emprego a tempo inteiro, de 35 horas semanais, isto equivale a mais de dois anos e meio.

 

Vendo desta perspetiva, pagar parece mais uma necessidade do que um atalho. Aliás, parece mesmo que o jogo procura "empurrar" os jogadores no sentido de gastarem mais dinheiro.

 

E há muitos jogos gratuitos que conseguem grandes receitas vendendo conteúdos adicionais sem que isso seja um problema. É o modelo de negócio mais habitual nos jogos para telemóveis: quase sempre gratuitos mas altamente lucrativos. A grande diferença é que esses jogos são, tal como escrevi na frase anterior, gratuitos. Star Wars Battlefront II custa 69,99€ para as consolas.

 

E temos portanto um jogo de 70€ em que:

- os jogadores são quase obrigados a gastar dinheiro adicional para se manterem competitivos;

- os jogadores que gastarem mais dinheiro têm vantagem competitiva sobre os outros.

 

Mas não é tudo.

 

É que, para além disto, gastar dinheiro não garante que o jogador receba os bónus que quer ou que necessita. Em Battlefront II não se compram itens virtuais: compram-se "caixotes". Dentro de cada caixote virtual vem um conjunto de bónus decidido aleatoriamente. É mais ou menos como comprar um Kinder Surpresa...

 

Foi esta característica que levou as entidades americanas e belgas responsáveis a investigar as mecânicas do jogo. Surgiram dúvidas sobre se estas práticas podiam ser consideradas jogos de azar, com todas as implicações legais e penais que poderiam acarretar.

 

As decisões foram sempre no sentido de que não, comprar caixas com itens aleatórios não é um jogo de azar. Tal como comprar um Kinder Surpresa não o é. Mas lá que está muito próximo e que há toda uma economia e conjunto de mecânicas dentro do jogo a "puxar" pela carteira dos jogadores, isso é indiscutível.

 

As últimas semanas foram um crescente escalar de contestação ao jogo. As respostas da Electronic Arts às preocupações dos jogadores foram constantes mas insuficientes.

 

Uma primeira resposta, a garantir que o tempo elevado que demora a desbloquear novos heróis no jogo serve para tornar esse feito mais satisfatório para os jogadores, tornou-se no comentário com mais votos negativos de sempre no Reddit. Logo de seguida a editora reduziu em 75% o custo para desbloquear esses heróis.

 

Tentativas posteriores de explicar as mecânicas e a economia virtual do jogo e de assegurar que estes sistemas estariam em constante monitorização para garantir a melhor experiência possível não conseguiram mais do que deixar uma sensação de desconfiança nos fãs, muito por causa da ausência de informações concretas.

 

A novela chegou a uma conclusão dramática ontem: A poucas horas do lançamento do jogo a Electronic Arts suspendeu todos os sistemas de compras virtuais do jogo, assumindo que tinha falhado na forma como os implementou.

 

Uma solução drástica mas tardia. Nas vésperas da sua chegada às lojas, a quase totalidade da cobertura jornalística àquilo que parece ser um bom jogo de um franchise bem-amado foi de negatividade e desconfiança.

 

O lançamento de Star Wars Battlefront II devia ser um começo. Mas parece mais um epílogo, onde iremos descobrir o real custo que este modelo de negócio forçado terá nas vendas do jogo.

 

Não há nada de errado com os modelos de micro-transações dentro dos jogos. Muitos títulos conseguem fazer fortunas e serem em simultâneo adorados pelos jogadores. Mas quando a ânsia de rentabilizar um produto se sobrepõe a tudo o resto, o resultado dificilmente poderá ser positivo.

 

Estes modelos de negócio não são inerentemente maus. Mas estão a tornar-se cada vez mais comuns. E sobretudo estão a tornar-se comuns em jogos de preço elevado, quando originalmente serviam como alternativa a exigir dos jogadores um pagamento "à cabeça" e permitiram o aparecimento de muitos jogos gratuitos e de qualidade.

 

Estamos a passar do "free to play" (joga sem pagar) para o "pay to win" (paga para ganhar). E, neste caso, a pedir aos jogadores para pagarem duas vezes: paga para jogar e paga outra vez para ganhares.

 

A minha esperança é que toda esta negatividade sirva para chamar a atenção de Electronic Arts e todas as outras editoras sobre a necessidade de equilíbrio e bom senso. Porque esta estratégia de negócio dificilmente vai compensar. E todos - editoras, estúdios de desenvolvimento e jogadores - acabarão por sair prejudicados.

publicado às 15:58

História interativa da Super Nintendo com participação portuguesa

Melhor que um livro sobre a emblemática Super Nintendo só mesmo um livro interativo com mais de 200 vídeos de outros tantos jogos que definiram uma era das consolas de jogos.

 

É esse o caso de «The Unofficial SNES/SUPER Famicom: a visual compendium». Um livro que foi tornado possível graças à plataforma de crowdfunding Kickstarter e que está prestes a ser publicado pela Bitmap Books em três formatos: capa dura, capa mole e o tal PDF interativo.

 

 

Mas ainda melhor que isso é o facto da versão interativa ter sido tornada possível pelo esforço de um português, que executou a tarefa hercúlea de jogar e gravar os mais de 200 vídeos que ilustram as páginas de cada um dos jogos mencionados no livro.

 

Devemos isso ao Shiryu. Provavelmente, o único cidadão nacional à altura desta tarefa.

 

Se gostam de videojogos, deixem nos comentários uma palavra de agradecimento e reconhecimento a este meu amigo. Ele merece!

 

Ainda há poucas semanas o Shiryu me ajudou disponibilizando um vídeo para um artigo sobre o Mortal Kombat e há muitos mais vídeos de videojogos clássicos na página dele do Youtube. E também há muita música inspirada em videojogos na sua página do Patreon, onde ele também fala um pouco sobre como se envolveu neste projeto.

 

Obrigado Shiryu!

 

Capa de The Unofficial SNES/SUPER Famicom: a visual compendium

 

publicado às 17:40

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