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Vida Extra

Aventuras e desventuras no universo dos videojogos.

Vida Extra

Aventuras e desventuras no universo dos videojogos.

Desportos Eletrónicos ao vivo e à borla

É já amanhã, sábado, que se disputa a jornada inaugural da Moche LPLOL. E podem assistir ao vivo e de forma gratuita.

 

Logotipo da Moche LPLOL

 

Pela primeira vez, a Liga Portuguesa de League of Legends vai reunir todas as equipas ao vivo para o arranque da temporada. O local será o Fórum Picoas, em Lisboa, e estão garantidas muitas atividades para além dos jogos, desde as 14:00 até às 23:00 horas.

 

Fiquem com um cheirinho:

 

 

Para quem não acompanha estas coisas, o League of Legends é um jogo de combates em equipa e conquista de objetivos, em que cada personagem tem características e habilidades próprias. Imaginem um jogo de Xadrez em que todas as peças se movem em simultâneo e cada jogador controla uma peça e não estarão muito longe do conceito. Isto significa, obviamente, que há uma grande componente estratégica e tática em cada partida.

 

A complexidade do jogo pode fazê-lo difícil de perceber ao início, mas as partidas contam com uma equipa de comentadores, cujo relato ajuda em muito aqueles que ainda não estão familiarizados.

 

Os desportos eletrónicos foram recentemente adicionados às competições oficiais do Conselho Olímpico da Ásia e serão um desporto com atribuição de medalhas nos Jogos Asiáticos de 2020. Um reconhecimento destas modalidades e que poderá ser um passo em direção a torná-las um desporto olímpico.

 

A jornada inaugural da Moche LPLOL é uma excelente oportunidade para ficarem a conhecer melhor os desportos eletrónicos. A entrada é livre, bastando apenas fazer a reserva do bilhete online.

 

Para quem não puder estar presente, o evento será transmitido ao vivo no MEO Kanal 303030, no Twitch e no SAPO Vídeos. Podem assistir nesta mesma página, no vídeo abaixo:

 

 

Vêmo-nos lá!

publicado às 14:09

Call of Duty: Dejá Vu

Foi anunciado um novo Call of Duty. E, depois de uma passagem de sucesso pelos cenários da guerra moderna e de duas incursões por terrenos da ficção científica com menos fulgor, eis que o cenário do novo jogo volta a ser a Segunda Guerra Mundial - o pano de fundo dos primeiros jogos da série.

 

Imagem de Call of Duty: WWII

 

Call of Duty é uma das maiores marcas do mundo do entretenimento. Os seus recordes de vendas repetem-se ano após ano. Se não costumam ligar à indústria dos videojogos, Call of Duty é um pouco como Star Wars e Velocidade Furiosa. Novos "episódios" lançados com cadência e muitos milhões em vendas.

 

E como faz muitos milhões em vendas, faz sempre sentido prestar atenção ao que aí vem. Especialmente quando as vendas do último jogo - Infinite Warfare - ficaram bastante abaixo das dos anteriores. Não foram más... apenas não foram tão boas como o costume. A culpa foi posta na transição do que era habitualmente um jogo de combates de infantaria, no terreno, para a mais pura ficção científica, com batalhas espaciais em gravidade zero.

 

E eis que Call of Duty regressa às origens com WWII:

 

 

A minha primeira reação ao novo trailer foi claramente de dejá vu. O desembarque das tropas aliadas na Normandia no Dia D, muito inspirado na cena do filme O Resgate do Soldado Ryan, foi um dos pontos altos de Call of Duty 2.

 

Haverá motivos para preocupação?

 

Não me parece. Se há jogo que é constantemente acusado de ser "mais do mesmo" é o Call of Duty. E isso nunca o impediu de ser um sucesso. Ironicamente, foi quando Call of Duty se afastou mais do habitual (com Infinite Warfare) que mais queixas recebeu e que menos vendeu.

 

E ser mais do mesmo não é um problema quando o jogo é muito bom.

publicado às 19:17

Videojogos a caminho dos Jogos Olímpicos

Os desportos eletrónicos têm estado em franco crescimento. Mas há sempre alguma resistência em chamar desporto ao acto de jogar videojogos. No entanto isso está claramente a mudar.

 

O Conselho Olímpico da Ásia anunciou que vai incluir os desportos eletrónicos no programa oficial dos Jogos Asiáticos de 2022, a realizar na China. E os Jogos Asiáticos são a segunda maior competição pluridesportiva do mundo, logo a seguir aos Jogos Olímpicos.

 

Foto do anúncio da parceria entre Conselho Olímpico da Ásia e Alisports

 

A iniciativa nasce de uma parceria com a Alisports, do grupo Alibaba, o maior dos gigantes da internet da Ásia. E não é de estranhar que este movimento surja deste continente. Os videojogos de competição são extremamente populares na China e na Coreia do Sul, onde as competições profissionais já contam com uma longa história (e já viram até algumas das facetas mais sombrias do desporto de alta competição, como doping, corrupção na arbitragem ou viciação de resultados).

 

Ainda antes dos Jogos de 2022, os desportos eletrónicos farão parte de outras provas organizadas pelo Conselho Olímpico da Ásia, embora apenas como desporto em demonstração. Mas nos Jogos Asiáticos de 2022 serão mesmo um desporto oficial, com atribuição de medalhas.

 

Ainda não são os Jogos Olímpicos, mas é sem dúvida um grande passo nessa direção e, sobretudo, no reconhecimento dos desportos eletrónicos e dos seus atletas.

 

Agora só fica uma dúvida: Quais os jogos que vão ser escolhidos?

 

E com isso surge um potencial problema. É que, ao contrário das modalidades desportivas clássicas, onde ninguém é dono do jogo, os desportos eletrónicos são jogados com base num produto comercial que é propriedade intelectual de alguma empresa.

 

Escolher um determinado título para a competição oficial em vez de outro pode ser visto como uma preferência por determinada empresa. No mínimo haverá sempre um benefício indireto para as editoras dos jogos selecionados, pelo prestígio e visibilidade que a associação a uma competição deste volume trará. E isso de certeza que se traduzirá de alguma forma em receitas adicionais.

 

Por agora apenas sabemos que FIFA 17 será um dos jogos selecionados para demonstração numa competição de artes marciais organizada pelo Conselho Olímpico da Ásia, em setembro deste ano. Para além disso apenas foram anunciados os géneros de jogo MOBA (abreviatura de Multiplayer Online Battle Arena) e "Real Time Attack" (que ninguém percebeu muito bem o que é suposto ser).

 

E porquê o FIFA 17 e não o seu rival PES 2017?

 

Quase de certeza terão sido os números de vendas o fator decisivo, pois o FIFA terá vendido 15 vezes mais o PES. Não fica grande margem para dúvidas. Mas a bem da transparência, e para evitar polémicas, espero que o processo de seleção dos restantes títulos a incluir nos Jogos de 2022 seja clarificado.

publicado às 18:33

Novo jogo Star Wars a caminho

Imagem de Star Wars Battlefront II

 

Nem só de cinema vive a saga Star Wars. Os videojogos desde sempre foram uma componente importante dessa galáxia distante, com resultados umas vezes bons e outras vezes maus.

 

E por isso não é de admirar que na convenção dedicada a Star Wars do fim de semana passado tenham sido revelados não apenas o primeiro trailer do novo filme mas também o do novo jogo Star Wars Battlefront II. Ei-lo:

 

 

Na verdade já tinha aparecido na net por engano, antes da revelação do fim de semana, um anúncio ao jogo. Não foi por isso surpresa. Mas o trailer é bem mais espetacular! Arrisco a dizer que o trailer do jogo não fica a dever em nada ao trailer do filme.

 

Quanto a novidades sobre o jogo, que é uma sequela do jogo de combates online de 2015, a principal é que teremos agora direito também a um modo de jogo solo. Vamos acompanhar os eventos que se seguiram à queda do Império no final do Episódio VI. Mas vamos acompanhá-los pelos olhos de uma soldado das Forças Imperiais de Elite.

 

Outra das novidades, que se vê também no trailer, é que nos modos de jogo online teremos a presença de heróis e vilões de todas as eras da saga: de Darth Maul a Kylo Ren e do "jovem" Yoda a Rey.

 

O filme e o jogo chegam no final do ano. Mal posso esperar!

publicado às 12:34

O primeiro ransomware que obriga a jogar

O ransomware é um autêntico pesadelo. Uma espécie de vírus que bloqueia o acesso ao computador e exige o pagamento de um resgate (em inglês "ransom") para que o utilizador volte a conseguir usá-lo.

 

Considerando que uma grande parte da nossa vida é atualmente gerida de forma digital, com documentos, informações, fotografias, vídeos pessoais e muito mais guardados nos nossos dispositivos eletrónicos, a pressão para ceder às exigências destes piratas informáticos é enorme. Um "pequeno" pagamento e todo o nosso património digital volta a estar acessível.

 

É um flagelo cada vez mais comum. O que é incomum é um ransomware que, em vez de exigir o pagamento de um resgate para desbloquear o computador, exige que se jogue um videojogo e se consiga uma pontuação elevada.

 

Mas foi isso mesmo que passou pela cabeça de um programador coreano entediado: criou um ransomware que obriga a vítima a conseguir a pontuação de 200.000.000 de pontos no nível de dificuldade supremo do jogo Touhou Seirensen. E chamou-lhe "Rensenware".

 

Imagem do jogo Touhou Seirensen

 

O jogo é particularmente desafiante, sobretudo no nível de dificuldade exigido (que por alguma razão os criadores chamaram nível "Lunático").

 

O programa foi desenvolvido em jeito de piada, sem qualquer má intenção. O Rensenware não exige nenhum pagamento, aliás, nem sequer tem essa possibilidade: é mesmo obrigatório jogar o jogo e obter a pontuação de 200 milhões. Mas conseguir esse feito é tão difícil que o Rensenware tem o potencial de ser ainda mais problemático que um ransomware normal.

 

E infelizmente o programador resolveu partilhá-lo no repositório público de código-fonte GitHub. A seguir foi dormir. Quando acordou, como seria de esperar, a internet tinha tratado de disseminar a sua criação pelo mundo fora.

 

Mas há um final feliz para a história. O autor criou rapidamente um novo programa para neutralizar o Rensenware e publicou-o no GitHub.

publicado às 18:14

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