Nova Nintendo: a alegria de jogar com os amigos
O maior triunfo da Switch é mesmo a universalidade com que nos permite jogar com os nossos amigos.
A nova consola da Nintendo chega às lojas já na próxima sexta-feira. Com o aproximar da data multiplicam-se os artigos de opinião e análises à máquina e aos seus jogos e também as perguntas e dúvidas sobre se a nova aposta da Nintendo tem potencial ou não para ser um sucesso.
As pessoas querem mesmo uma consola de sala que também é portátil? O preço é elevado ou não? Vai ter jogos suficientes? Os serviços online estarão ao nível das suas rivais? Vai ter o FIFA e o Call of Duty?
Eu partilho algumas dessas dúvidas. Mas depois de umas horas a experimentar a Switch, a convite da Nintendo e na companhia de uma boa dúzia de outros convidados, uma coisa ficou clara: essas questões são secundárias.
Há uns bons anos atrás "jogar com os amigos" era sinónimo de juntar várias pessoas em frente à TV. Passar o comando ao senhor que se segue, mandar bocas, enfim... conviver. Hoje em dia o multijogador é sinónimo de jogar online com pessoas que podem estar do outro lado do mundo. É mais fácil e permite novas experiências de jogo, mas pelo caminho aqueles jogos mais focados no convívio presencial foram-se tornando menos habituais.
Ora, a Switch não só ressuscita brilhantemente essa componente convivial dos jogos como a eleva a todo um novo patamar.
Com a Switch "jogar com os amigos" não se limita a combinar um encontro lá em casa. Não estamos limitados a jogar em frente à TV. Com a Switch, de repente, é viável levar a consola para a escola ou para o trabalho e jogar com os amigos nos intervalos ou levá-la no fim de semana para a casa de familiares.
Toda a consola está desenhada para facilitar essa experiência:
- Mudar do modo ligado à TV para o modo portátil é tão simples como levantar a consola da base. A imagem muda de imediato da TV para o ecrã tátil da consola, sem esperas.
- A consola em modo portátil é levíssima e o ecrã tem o tamanho ideal para permitir apreciar as imagens de qualquer jogo sem se tornar demasiado grande para transportar facilmente.
- O comando divide-se ao meio e cada metade encaixa sem esforço nos lados da consola para jogarmos no modo portátil, mas com a mesma facilidade podemos remover as duas metades e passar uma delas para a mão de um amigo. O ecrã tem um pequeno apoio para que o coloquemos de pé numa mesa ou outra superfície, no que a Nintendo chama "modo de superfície estável".
- Muitos jogos não precisam sequer que se olhe para o ecrã para serem jogados, como o icónico "duelo de cowboys" de 1-2-Switch.
E tudo isto requer apenas uma consola. Com várias consolas as possibilidades aumentam, pois é possível ligar até 8 em rede via Wi-Fi e organizar autênticas LAN Parties (festas de jogo em rede) sem esforço.
E depois ainda existem um monte de funcionalidades adicionais, como a vibração altamente realista dos comandos ou a sua capacidade para reconhecer formas geométricas de objetos (como a posição de uma mão) e sensores de movimentos.
Ficou muito por explorar, mas não faltam artigos pela internet fora a examinar em detalhe esta nova consola. Da minha parte, creio que o essencial é mesmo isto:
1- Tudo na Switch parece funcionar de forma perfeita.
2- Nenhuma outra consola alguma vez elevou tão alto a experiência de jogar com amigos.
Será que a Switch consegue competir com as PlayStations e XBoxes? Essa não é a questão. É que nenhuma outra consola consegue fazer o mesmo que a Switch. A questão é apenas se os jogadores vão perceber o que estarão a perder sem a Switch.
A Nintendo está a promover a Switch com o lema "Joga quando, onde e como quiseres". Eu acrescentaria "e com quem quiseres". A Switch é a consola mais social de sempre. "Social" não no sentido de partilhar coisas no Facebook mas sim no sentido de socializar com os outros. Social no sentido de partilhar experiências com os amigos presencialmente, de vivê-las em conjunto. Nisso é imbatível!