Duelo na ponte
"Esta ponte não é suficientemente larga para nós dois. E mesmo que fosse, isto é um duelo. Só um passará!"
Foi apenas um dos pequenos momentos que me marcaram na demonstração do jogo For Honor, que esteve aberta para experimentação a alguns jogadores durante o fim de semana.
For Honor é um jogo de combates entre guerreiros medievais com data de lançamento prevista para meados de fevereiro. Há três fações - Cavaleiros, Víquingues e Samurais - que se defrontam em arenas, em combates de equipa, em dois contra dois ou em duelo. Podem conhecê-los no trailer abaixo:
Os combates em equipa colocam duas fações em luta pelo controlo de vários pontos de cada mapa. Até incluem bandos de soldados rasos, controlados pelo processador da consola, para dar uma boa sensação de escala às batalhas. Mas a verdade é que o jogo brilha mesmo é nos combates um contra um.
É que For Honor não é um jogo de ação no habitual sentido do termo. Não existe aqui lugar para esmagar botões rapidamente e tentar dar o maior número de golpes de seguida. Cada ataque gasta energia, pelo que atacar às cegas deixa-nos rapidamente indefesos, sem força para repelir um ataque do adversário. E os ataques demoram o seu tempo a ser executados e podem ser defendidos com alguma facilidade pelo rival. Em For Honor os duelos são um exercício de paciência, concentração, estratégia e reflexos. É fantástico!
Na realidade o sistema de combate em For Honor é bastante simples. Pode-se atacar da direita, da esquerda ou de cima e, naturalmente, pode-se defender nas mesmas 3 posições. O jogo até tem um ícone que indica em cada momento qual a posição em que o adversário está e o momento em que inicia o ataque.
À primeira vista até parece um exagero. Mas não. Isso apenas torna o sistema mais acessível a quem começa a jogar, mas não o torna mais fácil ou menos interessante. Até porque mudar repentinamente de posição antes de um ataque pode ser uma estratégia para apanhar o inimigo de surpresa. E depois ainda há outras opções que se podem usar nos combates, como desviar para os lados para evitar um ataque ou fazer uma carga de ombro para desequilibrar o adversário e dar um golpe indefensável.
E nem vamos falar nas combinações de movimentos, nos equipamentos com diferentes características e nos vários tipos de lutadores que podemos usar. O combate em For Honor é claramente daquelas coisas que são fáceis de aprender mas difíceis de dominar.
Assistam a alguns momentos de uma série de duelos para verem como funciona:
Os duelos de For Honor são realmente viciantes. Mas apenas os duelos. Nos modos de jogo dedicados às batalhas em equipa, ou mesmo em dois para dois, a coisa perde um pouco do charme por causa de toda a confusão da batalha. Não que seja mau... apenas não tem o mesmo charme.
E foi por isso que gostei particularmente do duelo na ponte. É um mapa em que o duelo ocorre numa ponte estreita. Não há grandes hipóteses para nenhum dos guerreiros se desviar... até porque em For Honor é possível ganhar imediatamente um combate se atirarmos o adversário de uma ponte ou precipício abaixo. No duelo na ponte só há dois guerreiros cara a cara, que terão de defender corretamente os ataques e ripostar na altura certa se quiserem sobreviver. A tensão é palpável a todo o momento. E isso é algo de precioso, que não se vê em qualquer videojogo.
Só um passará!