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Vida Extra

Aventuras e desventuras no universo dos videojogos.

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Aventuras e desventuras no universo dos videojogos.

Um jogo grátis para o dia das bruxas

Não. Não estou a falar do logótipo jogável da página do Google, como a maioria dos sites hoje noticia. Estou a falar de um jogo "a sério". Ou mais exatamente de uma demonstração do delicioso Little Nightmares.

 

Imagem de Little Nightmares

 

Este jogo de aventuras só será lançado no próximo ano mas os criadores prepararam uma agradável surpresa para o dia das bruxas: Um mini-site onde se pode ter uma pequena amostra interativa do jogo. Basta acederem a http://escapekitchen.little-nightmares.com/ e começarem a jogar.

 

Little Nightmares é um misto de história de terror e conto infantil, assim a fazer lembrar as criações de Tim Burton mas com o seu próprio estilo e identidade. É o jogo ideal para experimentarem neste dia de terror e brincadeira.

 

Fiquem também com o trailer... e divirtam-se!

 

 

publicado às 11:23

A Nintendo pariu um gato

Depois de meses de suspense sem nenhuma informação concreta sobre a nova consola da Nintendo - a NX - eis que o anúncio foi feito hoje com um mero vídeo de 3 minutos que pouco explica. A nova consola chama-se Nintendo Switch e é um misto de portátil e consola de sala. Fiquei desapontado mas, tal como em tudo o que diz respeito à Nintendo, não convém dar já esta aposta como perdida.

 

Nintendo Switch

 

Na verdade, falta de detalhes à parte, o desapontamento que senti foi em grande parte pela forma como o anúncio foi feito. Uma espécie de trailer alargado, sem qualquer texto ou voz a explicar a novidade e com uma música de fundo que só dá vontade de furar os tímpanos (se bem que esta última parte é uma questão de gostos pessoais).

 

 

Não houve declarações. Não houve palavras a partilhar a visão ou ideia de fundo da consola. Pelo vídeo ficamos apenas a saber que é uma espécie de tablet com comandos destacáveis e que se pode ligar à TV. E o press release divulgado pouco acrescenta: uma lista de estúdios que estão a preparar jogos para a consola e duas frases do presidente da Nintendo of Europe. Citando:

 

“Espero que este primeiro olhar sobre a Nintendo Switch permita aos fãs imaginarem o potencial da liberdade para jogarem onde, quando e como quiserem”, declarou Satoru Shibata, presidente da Nintendo of Europe. A isto acrescentou: “As nossas equipas, tanto na própria Nintendo como noutros estúdios de produção, estão a trabalhar arduamente no sentido de proporcionar experiências únicas e novas para todos e estamos desejosos de poder revelar ainda mais”.

 

Mas a proposta até é bem interessante. Não só a consola pode funcionar em casa, ligada à TV e usando um comando "normal", e transformar-se imediatamente numa portátil ao ser removida da sua base, sem sequer ter de parar o jogo, como ainda pode ser usada na sua forma portátil por dois jogadores em simultâneo (cada um com o seu comando). E ainda podem ser ligadas em rede várias consolas Switch para partidas multijogador em qualquer lugar.

 

Há potencial para a Nintendo Switch. Mas o seu anúncio sem pompa nem circunstância quase faz parecer que a Nintendo não acredita no seu próprio produto, ou no mínimo que não lhe dá muita importância.

 

A anterior consola da Nintendo - a Wii U - teve mais atenção no seu lançamento e mostrou muito mais potencial para criar novas experiências de jogo. Ainda assim não conseguiu ser um sucesso de vendas. Por esse prisma o futuro da Switch não parece risonho. Mas ainda falta muito tempo até o lançamento da consola em Março. Podem ainda aparecer esses jogos e experiência diferenciadoras - ou, quem sabe, até um fenómeno como o Pokémon Go - que gerem o burburinho e interesse capaz de levar a Switch ao sucesso. E a Nintendo é exímia em criar experiências de jogo de topo.

 

E depois há o preço, que ainda não conhecemos. Será muito diferente tentar vender a Switch ao preço de uma consola de topo ou ao preço de um tablet económico.

 

Ainda fica muito por descobrir sobre a Nintendo Switch e quero muito acreditar que vai ser espetacular. Mas a expetativa de seis meses sem nenhuma informação culminou num anúncio pouco entusiasmado e pouco entusiasmante. Não diria que "a montanha pariu um rato", pois esta Switch tem um ar bem simpático e interessante. A Nintendo pariu um gato - animal muito mais bonito e fofo. Mas estávamos à espera assim de um dragão ou de um dinossauro. Ou um unicórnio. Ou ao menos um cavalo pintado.

 

Só que este gato ainda tem tempo de se tornar um tigre. E mesmo que isso não aconteça, toda a gente gosta de gatos.

publicado às 16:48

O jogo de Xadrez para quem não gosta de Xadrez

O Xadrez é considerado por muitos como o derradeiro jogo de tabuleiro. Pelo menos no mundo ocidental, já que no oriente esse epíteto irá provavelmente para o Go. Mas é sem dúvida consensual que é um jogo riquíssimo, que estimula o pensamento estratégico e a capacidade de antevisão e planeamento. Um jogo de infinitas combinações, que pode ser jogado repetidamente ao longo de toda uma vida.

 

Por outro lado, também será considerado por muitos como "uma seca". Ou então simplesmente difícil e com um longo caminho para o conseguir dominar. E há um fundo de verdade nisto.

 

Ícone Really Bad Chess

 

Dominar o Xadrez exige prática e dedicação. Há um sem número de estratégias e técnicas, básicas e avançadas, que qualquer mestre conhece e utiliza sem esforço, mas que estão completamente fora do alcance de um iniciado e demoram tempo a aprender. Jogar ocasionalmente com um mestre significa, invariavelmente, perder.

 

Como tornar o Xadrez mais apelativo para quem apenas quer jogá-lo ocasionalmente? Zach Gage, um criador de videojogos, teve uma ideia que remove essa barreira: jogar Xadrez com peças "ao calhas".

 

Imagem de Really Bad Chess

 

Um jogo de Xadrez Muito Mau.

 

É esse o nome do jogo que Gage lançou recentemente na App Store. Really Bad Chess é um jogo simples, com um tabuleiro de Xadrez normal e as regras habituais de movimentação das peças. Mas as peças com que cada jogador começa a partida são aleatórias.

 

Pode parecer uma variante sem nexo mas a verdade é que, enquanto pessoa que não domina de todo o Xadrez, ao experimentar o Really Bad Chess fiquei viciado.

 

Como as peças iniciais são aleatórias cada nova partida é radicalmente diferente de todas as outras. Logo o primeiro movimento exige uma análise completa do tabuleiro, mas esta cautela é rapidamente substituída pela necessidade de experimentação e agressividade das jogadas. Cada partida é uma descoberta.

 

Imaggem de Really Bad Chess

 

O jogo de Gage faz um excelente trabalho de introdução ao jogo sem ter nenhum tipo de explicação. Toca-se numa peça e os movimentos possíveis são mostrados no ecrã. Basta isso.

 

Depois o nível de dificuldade adapta-se automaticamente ao desempenho do jogador, tornando-se mais difícil para quem vai ganhando e mais fácil para quem perde. Mas o nível de dificuldade não é definido pela capacidade da inteligência artificial do jogo. O que muda é a qualidade das peças com que se começa. Um jogador com menos sucesso vai iniciar as partidas com peças mais fortes que as da inteligência artificial. À medida que melhora vai passando a receber peças mais fracas que as do adversário virtual. E isto também contribui para o sentido de novidade e descoberta desta variante do Xadrez.

 

Really Bad Chess já está disponível na App Store e recomendo-o a todos os que não gostam de Xadrez. E aos que gostam, recomendo também.

publicado às 19:13

Os matraquilhos do futuro

Adoro videojogos e tecnologia. Mas os divertimentos mais clássicos também me atraem e já fui ávido entusiasta de bilhar, snooker, ténis de mesa e alguns jogos de cartas e tabuleiro. Até corridas de slot cars. E matraquilhos, claro! Há algo de místico nos matraquilhos.

 

Então e se fosse possível fundir os clássicos matraquilhos com a tecnologia e os videojogos?

 

Não é preciso porem-se a imaginar. O incrível The Arcade Man acaba de divulgar o seu mais recente trabalho: o Foosball Pro Project.

 

Foosball Pro Project

 

É nada mais nada menos que uma mesa de "matrecos" turbinada com recurso à tecnologia e tem, entre outras coisas, iluminação colorida, deteção eletrónica dos golos e ecrãs LCD que mostram a pontuação e diversas mensagens de forma animada.

 

O resultado final tem o aspeto cuidado e de grande qualidade a que o Arcade Man já nos habituou e deixo as imagens e o vídeo abaixo falarem por si próprios. É realmente de se lhe tirar o chapéu.

 

 

 

Para verem mais imagens e descobrirem mais alguns detalhes sobre como foi desenvolvido o projeto consultem a respetiva página.

 

E naveguem um pouco pelo site para conhecerem mais alguns projetos deste nosso talentoso compatriota, como por exemplo os Rift Cycles ou os carros telecomandados através de uma máquina arcade do Sega Rally. Não se vão arrepender.

publicado às 13:55

A realidade virtual da PlayStation chega hoje às lojas. Falamos nisso amanhã...

O capacete de realidade virtual da Sony - o PlayStation VR - chega hoje às lojas. Mas só daqui por algum tempo é que vai valer mesmo a pena discutir o assunto.

 

O capacete PS VR visto de lado

 

A realidade virtual tem o potencial de mudar a forma como olhamos e vivemos o entretenimento. Não é como ver um filme com óculos 3D. É algo radicalmente diferente. Tão diferente que gera novas formas de interagirmos uns com os outros, com os videojogos e filmes, e também com algo de novo que mistura e eleva o que de melhor os filmes e os videojogos têm.

 

Mas já existem no mercado várias soluções de realidade virtual. Porquê a fixação no capacete da PlayStation?

 

Porque de momento existem dois tipos de oferta nos dispositivos de realidade virtual:

 

  • Os "visores" para usar com o telemóvel, como o Google Cardboard, que são extremamente baratos (enfim, nem sempre mas a ideia é essa) mas não permitem um tipo de experiência tão imersivo e evoluído. Um visor destes pode custar menos de 15€ porque usa o smartphone que o utilizador já tem para fazer quase tudo, permitindo assim assistir a vídeos em 360º e alguma interação básica em ambientes tridimensionais.

 

  • Os capacetes de "alta tecnologia", nomeadamente o Vive da HTC e o Oculus Rift do Facebook. Estes são muito mais avançados, permitindo detetar a posição e deslocação do utilizador numa área e usando controladores especiais para detetar os movimentos das suas mãos. Só que são muito mais caros: custam entre os 700€ e os 900€ e ainda precisam de um computador topo de gama, na ordem dos 1.000€, para funcionarem corretamente (embora a Oculus tenha na semana passada baixado estes requisitos para um valor de 500€). Mas a diferença na qualidade e tipo de experiências é enorme. Estes são os topo de gama, essenciais para experimentar todo o potencial da realidade virtual.

 

Resumindo, temos os visores baratos mas que servem sobretudo para experiências tipo app de telemóvel e os capacetes topo de gama que são demasiado caros para terem uma grande adopção.

 

O PlayStation VR vem colocar-se no "meio onde está a virtude". É um dispositivo high-tech, com a qualidade de construção e design a que a Sony nos habituou, mas com um custo bastante menor (entre os 400€ e os 500€) e que para funcionar precisa apenas de uma consola PS4 (que custa atualmente 299€). No total é um custo bastante inferior aos Oculus Rift e HTC Vive para uma experiência muito superior à dos visores para telemóvel.

 

Mas a vantagem não é só esta. Sendo um produto da Sony existe todo um catálogo de filmes e jogos conhecidos que podem ser desenvolvidos ou adaptados para a plataforma. E existe toda a cadeia de marketing, distribuição e venda que a Sony já usa para os seus dispositivos eletrónicos, consolas, jogos, filmes...

 

O PlayStation VR é o primeiro dispositivo de realidade virtual para as massas que reune todas as características para fazer este novo meio atingir o seu potencial. Porque para a realidade virtual se tornar esse novo horizonte de expressão artística e interatividade, é preciso que este tipo de produtos tenham sucesso. É preciso que as pessoas experimentem e gostem e comprem e continuem a usar. E em grande número. Caso contrário não haverá mercado suficiente para que os criadores de jogos e outro software consigam recuperar o investimento de criar novas experiências. Sem isso este novo meio irá secar e desaparecer.

 

E é por isso que a discussão que vale a pena ter sobre este tema não é para hoje mas sim para "o amanhã". O hoje é um pouco como a abertura das urnas em dia de eleições. Ainda falta os eleitores aparecerem para votar. Ainda falta fechar as urnas e contar os votos. Só depois vamos ter a noção de como as coisas vão evoluir.

 

Vamos ver como é a adesão do público à realidade virtual. Falamos amanhã.

publicado às 11:20

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