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Vida Extra

Aventuras e desventuras no universo dos videojogos.

Vida Extra

Aventuras e desventuras no universo dos videojogos.

Ver para crer

A Sony anunciou duas novas consolas PS4, muito à semelhança do que a Microsoft fez para a Xbox One. Haverá uma PS4 "slim", que é o habitual modelo base da consola, com tamanho menor e consumo mais baixo. E depois haverá um modelo muito mais potente, capaz de correr jogos com mais detalhe e em resolução 4K, que será chamada PS4 Pro.

 

PS4 Pro

 

Isto é basicamente o que a Microsoft anunciou na E3, com a diferença que a Xbox mais potente - a Scorpio - só sai em 2017, enquanto a PS4 Pro chega às lojas já em novembro.

 

Se a estratégia de passar a ter modelos mais potentes de uma mesma geração de consolas é positiva ou negativa é uma dúvida que se mantém, por motivos que já explorei num texto anterior. Mas há outra discussão interessante sobre estes novos modelos.

 

O que interessa mesmo é o HDR

 

Quando se fala nesta nova "semi-geração" de consolas, o 4K é a palavra que mais se ouve. 4K significa maior resolução da imagem e, portanto, mais detalhe visual, tal como o HD significou em relação do SD. Simples. Mas estas novas consolas apostam também numa outra tecnologia: o HDR.

 

O que é isso do HDR?

 

HDR são as iniciais de "High Dynamic Range". O mesmo termo já foi usado noutras tecnologias. Se têm um smartphone recente é bem provável que a máquina fotográfica tenha uma opção HDR, mas que não é exatamente a mesma coisa de que estamos a falar aqui.

 

No que diz respeito às consolas, jogos e filmes e aos ecrãs de televisão onde são visionados, o HDR significa que a imagem tem uma gama de cores muito maior e, sobretudo, uma intensidade de luz muito superior ao que é possível ver nas TVs que não suportam essa tecnologia. Ou seja, há um maior número de cores mas também é possível ver mais detalhe simultaneamente nas zonas brilhantes e nas zonas sombrias de uma mesma imagem.

 

Dito assim pode nem parecer muito, mas a verdade é que, enquanto o salto de uma resolução HD para 4K é pouco perceptível para muitas pessoas, a diferença entre uma imagem sem HDR para uma com HDR salta à vista. Mas, lá está, para saltar à vista é preciso que as pessoas estejam a ver a imagem numa TV que suporte HDR, e somente as TVs mais recentes são capazes de o fazer.

 

Portanto, o maior benefício destas novas consolas é bastante difícil de mostrar aos potenciais compradores numa era em que a maioria da informação é consumida no computador ou no smartphone. A Sony demonstrou a tecnologia na semana passada, num evento para jornalistas. Para quem seguia o evento remotamente, pela transmissão online, houve um momento emblemático:

 

Mark Czerny está a demonstrar o jogo «Days Gone» numa versão sem HDR. A certa altura diz "agora vou ligar o HDR e mostrar-vos as diferenças". E ficámos à espera... sem ver diferença nenhuma... porque a emissão online não era em HDR e, na maioria dos casos, o ecrã onde estava a ser vista a emissão também não. Não se viu diferença, mas não foi porque ela não existisse. Todos os jornalistas que estavam fisicamente presentes no evento disseram que sim, a diferença foi bem visível e um passo de gigante na qualidade visual do jogo.

 

 

Querem ter uma noção de quanto melhor fica a imagem? Eu também. Mas como não foram disponibilizadas versões HDR dos vídeos da apresentação, e como não tenho uma TV com HDR, a única solução é esperar até que apareçam nas lojas ou num qualquer evento algumas unidades de demonstração com jogos a correr em modo HDR ligadas a TVs HDR. Na verdade não é muito diferente dos problemas que existem em mostrar às pessoas os benefícios da realidade virtual.

 

Felizmente não deve faltar muito. A nova PS4 Slim chega às lojas esta semana e a PS4 Pro chega já em novembro.

 

Ainda assim, foi possível ter um vislumbre da diferença nesta parte da apresentação em que a câmara estava apontada a uma TV com HDR no momento em que ativam a funcionalidade. A imagem que vemos não é HDR, mas pelo menos passa a ideia de que há melhorias reais.

 

Comparação de imagem com e sem HDR

 

E a Sony ainda surpreendeu tudo e todos ao anunciar que mesmo as consolas PS4 originais vão suportar HDR através de um update de firmware, já esta semana. Como é que isso é tecnicamente possível é que ainda não está claro, mas isso é assunto para outro texto.

publicado às 18:52

Tokyo 42 revisita um clássico mas com identidade própria

Às vezes as coisas simples são as melhores. Não é preciso reinventar só por reinventar, basta focar no que interessa. E o trailer de Tokyo 42 vem lembrar-nos disso.

 

 

A acção decorre numa cidade futurista, com um visual "ciberpunk colorido", onde o jogador é um assasino que se mistura entre a multidão para se aproximar do seu alvo e abatê-lo. Pela descrição parece um jogo inspirado em Hitman, mas a primeira coisa que me veio à cabeça ao ver o trailer foi o velhinho Syndicate.

 

Syndicate é um jogo de culto, que teve direito há uns anos a um reboot que lhe mudou completamente o género e que não correu nada bem. Isto por sua vez levou a um projeto independente, o Satellite Reign, mais fiel ao jogo original.

 

A sede por um novo Syndicate é muita e claramente não sou só eu a senti-la.

 

E eis que aparece agora este Tokyo 42, sem pretensões a ser um novo Syndicate, com um aspeto que parece uma mistura de ciberpunk com o tecnopop de WipEout, com um design dos cenários próximo de Monument Valley, sem pudor de mostrar no logotipo a cápsula do blusão de Kaneda. E que apesar destas referências todas parece ser igual a si próprio. Os autores definem-no como o fruto de uma relação amorosa entre, precisamente, o Syndicate e o primeiro GTA.

 

 

Fiquei curioso para o experimentar.

 

E a música... Aquela fabulosa música do trailer...

publicado às 17:51

A realidade virtual vai ao cinema no MOTELX

Se os filmes de terror são quase tão antigos quando o próprio cinema, os videojogos de terror são também um género de eleição desde os primórdios desta indústria. Acredito que em parte seja porque o ingrediente principal para aterrorizar a audiência não é o detalhe visual grotesco ou mostruoso mas sim o poder de sugestão, de fazer o espetador ou jogador sentir que está numa situação de perigo iminente. Vejam-se alguns dos primeiros filmes de John Carpenter, onde na maioria das vezes não chegamos a ver o(s) monstro(s), ou o inquietante «The Village» («A Vila»), de Shyamalan.

 

E se esse sentimento de imersão é fundamental, então jogar um título de terror em realidade virtual será uma experiência imprópria para cardíacos mas muito apropriada para quem gosta de levar um valente susto.

 

Tive a oportunidade de ter "um cheirinho" dessa experiência no ano passado e de a partilhar no post inaugural deste blog. Mas já esta semana vamos ter em Portugal a demonstração de um verdadeiro jogo de terror em realidade virtual. E vai ser no festival de cinema de terror MOTELX.

 

Resident Evil 7

 

A PlayStation acaba de anunciar que vai marcar novamente presença no MOTELX, desta vez com uma demonstração do novo capítulo de Resident Evil usando o PlayStation VR. Se vão passar pelo Cinema São Jorge durante o festival, então recomendo vivamente que experimentem a Realidade Virtual, pois é a única forma de realmente perceber porque é que se trata de algo novo e fundamentalmente diferente do cinema e dos videojogos.

 

Recomendo... mas deixo um alerta.

 

Esta demo já marcou presença em alguns eventos internacionais de videojogos e a principal reação de quem experimentou (para além de dizerem que é realmente assustador) é que causa literalmente náuseas e enjoo. E não é por as imagens serem nojentas. É mesmo um enjoo físico causado pela percepção de movimento do jogo enquanto o (corpo do) jogador está parado. É um fenómeno normal em algumas pessoas, mas Resident Evil 7 em realidade virtual parece causar este efeito mesmo em pessoas que nunca ou raramente se sentem afetadas.

 

O jogo ainda não está terminado e só deve sair em 2017. A Capcom já fez saber que ainda está a fazer melhorias para garantir uma experiência de utilização confortável.

 

Ficam avisados. Esta demonstração não é para os de coração fraco... nem para os de estômago sensível. Mas se vão ao MOTELX então provavelmente já têm uma boa tolerância para ambos.

 

Resta-nos esperar que este efeito de náusea tenha entretanto sido melhorado, para que não lance uma sombra sobre uma inovação tecnológica que tem, em minha opinião, um impacto potencial tão grande na indústria do entretenimento.

 

Fiquem com um trailer do jogo, não recomendado a menores ou a pessoas facilmente impressionáveis:

 

 

publicado às 19:20

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