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Vida Extra

Aventuras e desventuras no universo dos videojogos.

Vida Extra

Aventuras e desventuras no universo dos videojogos.

O jogo português que antecedeu o Pokémon Go

fenómeno Pokémon Go não dá sinais de abrandar. O seu sucesso deve-se em grande parte ao casamento perfeito entre uma marca extremamente popular e uma mecânica de jogo que obriga os jogadores e percorrer o mundo real para encontrarem todos os Pokémons.

 

Pode parecer totalmente inovador, mas a verdade é que o Pokémon Go é uma evolução do anterior jogo dos mesmos criadores: o Ingress. E não digo isto com qualquer sentido depreciativo! Mas sim, o Pokémon Go é uma evolução de um jogo de 2013 que tinha um funcionamento semelhante. Até as Pokéstops do jogo são locais usados anteriormente no Ingress.

 

O que muita gente provavelmente não sabe é que em 2003, dez anos antes do Ingress e treze anos antes do Pokémon Go, uma empresa portuguesa lançava um jogo muito semelhante, baseado na localização geográfica real dos seus jogadores e com "abrigos" situados em locais reais de Portugal. A empresa era a YDreams e o jogo chamava-se Undercover.

 

Agora reparem bem: Isto foi 4 anos antes do aparecimento dos smartphones como os conhecemos hoje. O iPhone só viria a aparecer em 2007. Vejam só o tamanho minúsculo da única imagem do jogo que consegui recuperar:

 

Imagem de Undercover

 

Esta era a resolução dos ecrãs dos telemóveis na altura.

 

Apesar de ter tido uma sequela - Undercover 2: Merc Wars -, o jogo nunca se tornou um fenómeno à escala do Pokémon Go. Mas por outro lado o próprio Ingress também não. Pokémon Go está num nível à parte. Undercover foi, isso sim, mais um excelente exemplo da capacidade de inovação e do talento dos criadores de videojogos portugueses.

publicado às 14:30

Novo olhar sobre velhas consolas

Na véspera da abertura do primeiro museu de videojogos em Portugal experimentei um novo olhar sobre algumas consolas antigas da minha pequena coleção.

 

Nintendo Entertainment System

 

As imagens são fotografias tiradas com o telemóvel e depois tratadas com diferentes filtros da impressionante app Prisma.

 

Não sou fotógrafo, nem designer, nem artista, pelo que o resultado final não será extraordinário. Qualquer mérito que lhe vejam é uma mistura do excelente trabalho dos designers das consolas, cruzado com a genialidade dos criadores da app e dos seus filtros.

 

Espero que gostem. E espero ver-vos este sábado no Espaço Nostálgica!

 

 

publicado às 11:20

Museu de videojogos abre em Portugal

Os videojogos são arte? As opiniões divergem, mesmo entre os criadores de videojogos. Pessoalmente não tenho dúvidas: é óbvio que sim.

 

Claro que depende da qualidade e inspiração da obra final. A minha parede da sala está pintada mas não é uma "Pintura". E muitos filmes que aparecem nas salas de cinema dificilmente fazem jus ao termo "sétima arte". Ou, como se ouvia num jingle da defunta rádio Voxx, "não confundir a obra prima do mestre com a prima do mestre de obras".

 

Mas esta lenga-lenga toda é só para dizer que, sim, os videojogos merecem um museu. Há uma História dos videojogos que, apesar de curta, é riquíssima do ponto de vista tecnológico, artístico e cultural.

 

E não é fácil aos mais jovens ter contacto com essa história e ter a percepção da evolução que os videojogos tiveram desde meados do século passado. À parte coleções pessoais e pequenas exposições em alguns eventos, não existe em Portugal nenhum local de referência que dê a conhecer a herança dos videojogos.

 

Ou melhor... não havia.

 

Logo Nostálgica

 

É já no próximo sábado que abre o Espaço Nostálgica. Um museu de videojogos e tecnologia, fruto do trabalho, esforço e dedicação do colecionador Mário Tavares. Se passaram por eventos como o Lisboa Games Week, FestivalIn ou Maker Faire talvez se tenham cruzado com ele.

 

O Espaço Nostálgica está localizado na Fundação Marquês de Pombal, que cedeu as instalações. Fica na Rua Tomás Ribeiro, nº 18, Linda-a-Velha. E o melhor de tudo é que a entrada será gratuita. Não têm desculpas para não ir.

 

O Espaço Nostálgica terá depois protocolos com universidades e escolas para alguns eventos temáticos pagos. O preçário poderá ser encontrado futuramente no site www.nostalgica.pt.

 

Os videojogos merecem um museu e Portugal merece um museu de videojogos. E o Espaço Nostálgica merece a vossa visita!

 

Cartaz Nostálgica

 

publicado às 08:58

O fenómeno Pokémon Go

Há um novo fenómeno a tomar de assalto as redes sociais e as ruas. Há uma nova aplicação para telemóveis que subiu para o primeiro lugar dos tops da App Store e do Google Play nos países onde já foi lançada. Uma nova aplicação que, em menos de uma semana, tem tantos utilizadores quando a maior app de encontros, o Tinder, e que está prestes a igualar o Twitter em número de utilizadores ativos por dia. A empresa-mãe dessa app aumentou o valor das suas ações em bolsa em mais de 40% e o seu valor de mercado subiu 7.500 milhões de dólares.

 

Estamos a falar de Pokémon Go.

 

Logo Pokémon Go

 

Já tinha falado brevemente sobre este jogo no dia em que foi lançado, por causa da forma bem disposta como foi recebido pelos criadores da série de jogos Go (que nada têm a ver com este). Mas estava longe de imaginar o que se iria seguir.

 

É que não foi apenas o sucesso de número de downloads e pessoas a jogar ou a expectável subida das ações da Nintendo (embora não esperasse de todo uma subida tão drástica). Há todo um fenómeno social a crescer à volta deste Pokémon Go e isto acontece porque, tal como em praticamente tudo o que tem o "dedo" da Nintendo, o Pokémon Go não é apenas mais um jogo para telemóvel.

 

Tal como no jogo original, os jogadores têm de apanhar os pequenos monstros. Só que em Pokémon Go os monstros estão espalhados pelo mundo real. O jogo usa a informação do GPS do telemóvel para guiar os jogadores por ruas reais das suas redondezas e usa a câmara do dispositivo para mostrar os Pokémons virtuais sobrepostos à imagem real.

 

 

E isto significa que há pessoas a passear pelas ruas de smartphone em riste, a caçar Pokémons.

 

E isso significa que, dado o sucesso tremendo do jogo, estão a acontecer situações insólitas:

 

  • Uma jovem do Wyoming que procurava um Pokémon junto de um riacho encontrou um cadáver. A polícia local suspeita que seja uma vítima de afogamento acidental.
  • No Missouri um grupo de assaltantes usou uma das funcionalidades do jogo para atrair vítimas para um local pouco frequentado e assaltá-las (o jogo permite definir locais de interesse no mapa e partilhá-los com a comunidade). Os assaltantes já foram apanhados porque, obviamente, a polícia também podia ver as localizações que eles estavam a partilhar.
  • Pelo menos um jogador resolveu otimizar o processo de captura de Pokémons ligando o seu smartphone a um drone. O jogador só tem de ficar descansadamente à espera enquanto o drone voa até às localizações dos Pokémons para os capturar.
  • E muitos jogadores estão pura e simplesmente a fazer novos amigos, porque nos seus passeios pelas ruas encontram outros jogadores: pessoas com os mesmos gostos e que partilham do seu passatempo.

 

Mas esta lista não é completa. Espreitem mais no Tek.

 

Há todo um fenómeno social a acontecer neste preciso momento por causa do Pokémon Go, e o jogo ainda só está disponível em alguns poucos países. Aliás, esse ainda é um dos problemas. É que jogadores de todo o mundo, ansiosos por experimentar este novo título, estão a instalar a aplicação para Android a partir de fontes não oficiais. E uma empresa de segurança já detetou pelo menos uma versão do jogo infetada por malware a ser partilhada. Jogadores portugueses: não arrisquem a segurança dos vossos smartphones.

 

O que falta mesmo saber é se este fenómeno é passageiro ou se estamos perante algo mais duradouro. Até ao momento Pokémon Go terá gerado mais de 14 milhões de dólares de receita, segundo estimativas da firma Superdata, mas o desafio será manter o interesse dos jogadores durante semanas, meses e mais além.

publicado às 10:16

Podia ter dado em processo mas deu em bom humor

As empresas de tecnologia adoram processar-se umas às outras. Os videojogos não são exceção e já descrevi alguns casos surreais no passado, naquilo que foi apenas uma pequena amostra. Mas felizmente também existe o reverso da medalha.

 

 

Foi lançado esta semana o jogo Pokémon Go para telemóveis. O jogo é uma "caça ao Pokémon", usando a localização real dos jogadores através do GPS e mostrando as populares criaturas do jogo no formato de realidade aumentada, sobrepostas à imagem captada pela câmara do smartphone.

 

 

Este é apenas o segundo passo da Nintendo no universo dos smartphones, após ter lançado a aplicação social Miitomo. Nenhuma delas está ainda disponível em Portugal, por isso não me vou alongar mais. O tema que nos interessa hoje é o nome "Go".

 

E qual é o problema do nome Go?

 

Bem... a Square-Enix - outra grande editora de videojogos - tem uma série de títulos também para telemóveis chamada precisamente Go. São jogos de puzzle baseados em alguns dos seus mais populares jogos para PC e consolas: Hitman GoLara Croft Go e Deus Ex Go.

 

Cheira-me a processo em tribunal...

 

Mas não! Em vez disso a Square Enix produziu e partilhou no Twitter um pequeno vídeo em que reimagina o jogo Pokémon Go exatamente como se fosse um dos seus jogos, com o mesmo tipo de gráficos e mecânica:

 

 

Saiu muito mais barato à Square-Enix do que um processo em tribunal, deu-lhes uma imagem extremamente positiva junto do público em geral e colocou os meios de comunicação especializados a falar novamente nos seus jogos. Tudo isto conseguido com apenas algumas horas de trabalho, muito bom humor e uma grande dose de fair play.

 

Vénia!

 

E ainda bem que não houve nenhum processo em tribunal. Ainda vinham a descobrir que já havia outro jogo chamado Go desde há vários milhares de anos, também ele já com versões videojogáveis.

publicado às 14:17

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