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Vida Extra

Aventuras e desventuras no universo dos videojogos.

Vida Extra

Aventuras e desventuras no universo dos videojogos.

O jogo do filme do jogo

O jogo Ratchet & Clank vai chegar ao grande ecrã, e também vem aí um jogo baseado no filme.

 

Há muitos videojogos baseados em filmes. Há uns quantos filmes baseados em videojogos. E depois há o grupo selecto de videojogos baseados em filmes baseados em videojogos.

 

Ora, um jogo baseado num filme ou um filme baseado num jogo parecem sempre um mero aproveitamento das editoras para fazerem lucro fácil com um produto final medíocre (há exceções, felizmente). E então um jogo baseado num filme baseado num jogo parece o cúmulo e faz temer o pior.

 

Mas não tem de ser assim e nao é de todo o caso com Ratchet & Clank.

 

"Parece um filme da Pixar" é um comentário recorrente aos vários jogos desta série exclusiva da PlayStation. Os cenários em 3D são coloridos e detalhados, as personagens são cheias de vida e personalidade e todos os jogos da série transmitem uma sensação de filme de animação. Uma passagem para o cinema parece um passo natural.

 

 

No passado sábado alguns convidados puderam ver a antestreia do filme no centro comercial Colombo. E não saíram desiludidos.

 

Não o classificaria como obra prima da animação, mas é um filme divertidíssimo para ver em família e com a capacidade de criar novos fãs destas personagens entre os mais novos. "O algodão não engana" e os meus dois filhos foram a prova, com muita risada durante toda a duração da película.

 

O filme peca por algumas piadas demasiado fáceis e por alguns momentos importantes da narrativa que são muito pouco explorados. Aliás, a origem de Clank (uma das personagens principais, lembrem-se) é praticamente despejada no filme sem qualquer cerimónia ou mesmo nexo.

 

Este facilitismo é facilmente perdoado nos videojogos, onde a ação e jogabilidade têm o papel principal, mas num filme deixa a sua marca no espetador mais exigente. Mas este é um filme infantil e o público-alvo não deixa de adorar a experiência por causa destes poucos momentos menos bem conseguidos.

 

Os atores que dão voz à versão portuguesa fazem um bom trabalho (sim, eu sei que não é a mesma coisa que as vozes originais), como tem sido hábito nas grandes produções cinematográficas para crianças dos últimos tempos.

 

Luciana AbreuLuciana Abreu, uma das vozes portuguesas, na antestreia do filme

 

E o jogo do filme?

 

Esse ainda não tive a oportunidade de experimentar, mas as várias análises que já foram sendo publicadas pela imprensa especializada dizem bem. O jogo é uma espécie de reboot da série de videojogos e acompanha os eventos do filme, que por seu lado conta a história de como os dois heróis se conheceram.

 

Este "jogo do filme" claramente não é um sucedâneo feito à pressa com vista ao lucro fácil. Está a ser desenvolvido pela Insomniac Games, os criadores do jogo original e equipa de desenvolvimento veterana.

 

O filme estreia em Portugal a 5 de maio. O jogo foi lançado para a PlayStation 4 já esta semana, também com vozes em Português. Vejam o trailer:

 

 

publicado às 12:32

ZX Spectrum No Museu da Ciência

O ZX Spectrum faz 34 anos já no próximo dia 23 de abril. E vai ter honras de exposição no Museu da Ciência.

 

Cartaz ZX Spectrum

 

Se há computador que merece a atenção de um museu é claramente o Spectrum. Porquê? Porque revolucionou o mundo da computação. O Spectrum foi o primeiro computador pessoal de baixo custo. Foi o primeiro que de facto permitiu ao cidadão comum explorar em sua casa esse novo mundo da informática. E foi também o Spectrum que gerou a primeira grande vaga de criadores de videojogos independentes.

 

Simples e acessível

 

No início da década de 1980 os computadores ainda eram máquinas "grandalhonas" e extremamente caras, tipicamente só acessíveis a grandes empresas e universidades. Mas o britânico Sir Clive Sinclair quis levar a informática até às casas dos cidadãos comuns e assim veio a nascer o microcomputador Spectrum: barato, pequeno, simples.

 

Além de barato, o Spectrum era realmente micro. Até para os padrões atuais. Acessórios à parte, o aparelho ocupava pouco mais espaço que um bloco de notas A5. O teclado era embutido na face superior, como nos portáteis de hoje em dia. Mas a poupança e acessibilidade não se ficavam por aí.

 

Em vez de precisar de um monitor, que seria mais uma peça cara a adquirir, o ecrã do Spectrum era qualquer televisão normal. E para ler e gravar programas e jogos usava simples cassetes de áudio, iguais às dos autorrádios, aparelhagens e Walkmans.

 

Uma revolução na distribuição

 

A facilidade de programação era outra das mais valias do Spectrum. A linguagem Basic usada para interagir e programar no Spectrum era bastante simples de entender e, apesar da maioria das pessoas usar o Spectrum apenas para jogar videojogos, muitos foram os que se aventuraram na aprendizagem da programação graças à criação de Sir Clive Sinclair.

 

Mas a verdadeira revolução aconteceu graças às tais cassetes de áudio. Não era apenas o programar que era fácil: distribuir os programas era tão simples como copiar cassetes de áudio e entregá-las aos amigos. Num mundo em que a Internet ainda era pouco mais que um projeto, isto deu uma força de expressão nunca antes vista aos criadores de videojogos independentes.

 

Na altura os videojogos eram criados por grandes empresas, que produziam também as máquinas que os corriam (consolas ou máquinas para salões de jogos). Mas com o Spectrum, pela primeira vez, qualquer pessoa podia criar os seus próprios videojogos e distribuí-los. E assim foram descobertos novos talentos um pouco por todo o mundo, Portugal incluído. E sabiam que o Spectrum chegou a ser produzido cá em Portugal?

 

Eventos sobre o Spectrum no Museu da Ciência

 

O Museu Nacional de História Natural e Ciência elegeu o Spectrum como "objeto do mês" e dedica-lhe esta semana dois eventos.

 

Já no dia 21, ao fim da tarde, há uma conferência incluída no ciclo "60 Minutos de Ciência" dedicada ao Spectrum. A conferência está a cargo de João Diogo Ramos, criador da Collectors Bridge.

 

No dia 23 comemora-se o 34º aniversário do Spectrum, com uma conversa com o jornalista e historiador de videojogos Ivan Barroso, a decorrer às 15:00 horas. Durante todo o dia haverá mostras de objetos de coleção de João Diogo Ramos e uma área para experimentar os jogos do Spectrum com Mário Tavares, o grande promotor do projeto de museu de videojogos Nostálgica.

 

A não perder!

publicado às 17:57

O fato de Pac-Man

Não, não é uma bola amarela para vestir quando se vai à Comic-Con ou ao Iberanime. Isto é mesmo um fato. Daqueles de 3 peças. Bom... neste caso, de duas peças mais a gravata. Daqueles para se levar a uma reunião ou um casamento, se quiserem que a vossa presença seja memorável.

 

 

Este Fato Pac-Man é uma criação da Oppo Suits, empresa responsável por alguns dos mais horríveis fatos alguma vez criados. Coisas com cores berrantes e logotipos estampados aleatoriamente pelo tecido.

 

Mas o Fato Pac-Man não é horrível. É lindo! É genial! E esta é só mais uma prova que os clássicos dos videojogos são autênticos ícones de qualidade que resistirão sempre à passagem do tempo. Simples, mas brilhantes. Adoro o Pac-Man!

 

Pac-CakeO meu bolo de aniversário de há uns anos atrás...

 

publicado às 13:42

Kill Gary - Os maus da fita

Hitman é uma série de videojogos onde vestimos a pele de um assassino a soldo - o Agente 47 - com a sua característica cabeça rapada e código de barras tatuado na nuca. A personagem já teve duas adaptações ao cinema, com qualidade discutível.

 

O mais recente jogo saiu em março, mas está a ser publicado num formato "série de televisão". Que quer isso dizer? Em vez de ser lançado o jogo completo de uma só vez, vão saindo missões mais ou menos de mês a mês. As missões podem ser compradas à parte por uma fração do que custa habitualmente um jogo completo.

 

O conceito é interessante, sobretudo porque baixa significativamente a principal barreira à compra de um jogo: o preço. Um jogo novo, de elevada produção, para consolas, custa à volta de 70€. É muito dinheiro para um jogo que podemos até não gostar depois de o experimentarmos.

 

E a primeira missão do Hitman, quanto custa?

 

15€. Por apenas 15 euros podem adquirir a primeira missão e a missão de treino. Se gostarem podem ir comprando as missões seguintes por 10 euros cada. Assim não há desculpas para não comprarem o jogo.

 

Mas, melhor ainda, também há uma aposta clara da editora do jogo na qualidade do seu produto: se o jogo não for realmente bom ninguém vai querer comprar as missões seguintes. E por isso mesmo aplaudo a iniciativa.

 

"Antigamente" havia editoras a publicar jogos no modelo shareware, em que uma primeira parte do jogo era disponibilizada gratuitameinte e depois quem gostasse podia comprar o jogo completo, mas esse modelo praticamente desapareceu e até as "demos" - demonstrações de jogos gratuitas, com um ou dois níveis - são cada vez mais raras. Por isso esta atitude é mesmo louvável.

 

E comprar um jogo aos bocados não é uma má experiência?

 

Bem... as missões de Hitman são tipicamente estórias separadas, cada uma com as suas personagens e cenários específicos, por isso esta estrutura até se adapta bem. Noutros jogos pode não ser boa ideia e degradar a experiência, mas neste caso não há contra-indicações. Resta saber como o público vai reagir e se as vendas vão ser melhores, piores ou indiferentes neste novo modelo.

 

Exemplos recentes só mesmo em alguns jogos de aventura, como os baseados nas séries The Walking Dead e Game of Thrones, mas esses são projetos concebidos de raiz para este modelo. Hitman, por seu lado, é um jogo inteiro que a editora resolveu vender aos pedaços.

 

E quando sai o próximo episódio?

 

Pergunta errada. A questão a colocar, considerando que o jogo vai sendo lançado ao longo de meses, é: "como é que se vai manter a atenção do público durante este tempo todo?"

 

A resposta foi dada pela agência criativa responsável pela publicidade do jogo.

 

Gary Cole e Gary Busey

 

Para promover o novo Hitman foram convidados dois habituais "maus da fita" de Hollywood: Gary Busey e Gary Cole. Um deles será o alvo numa das missões do jogo. Para decidir qual deles há uma votação do público e ambos os atores vão fazer uma autêncica campanha eleitoral de "Matem-me a mim".

 

 

Os vídeos de campanha já começaram a ser publicados e cada ator tenta convencer-nos que é mais vilão que o outro ou que sabe morrer melhor.

 

OK. É um humor negro que de certeza não vai agradar a todas as sensibilidades, mas para o público-alvo do jogo acho que está muito bem conseguido.

 

Qual dos Garys terá a honra de ser assassinado pelo Agente 47? Visitem o site, ajudem na escolha e que ganhe o pior.

publicado às 10:25

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